quarta-feira, 5 de maio de 2010

MAIS UM ARTIGO PUBLICADO. CONGRESSO.

Prezado(a), Roberta Gonçalves Machado VilaçaInformamos, através deste, o Nº de ISBN do CD de Trabalhos apresentados no II Congresso Internacional Cotidiano: Diálogos sobre Diálogos:ISBN: 978-85-86298-07-3Aproveitamos para agradecer a todos por sua participação.Um grande abraço,Equipe Organizadora - II Congresso Internacional Cotidiano: Diálogos sobre DiálogosAtenciosamente,Comissão OrganizadoraII Congresso Internacional Cotidiano: Diálogos sobre Diálogos.

O Ensino de História e a Educação Patrimonial: pelo olhar benjaminiano.
Roberta Gonçalves Machado Vilaça
Universidade de Itaúna
Colégio Anglo de Itaúna

Investigar, observar e registrar a inserção do Patrimônio Cultural no ensino de História e como o professor de História atua em sua prática docente é o objetivo do trabalho.O ensino de História tem estimulado o olhar crítico dos alunos sobre a História e sobre os conteúdos referentes ao Patrimônio e aos Bens Culturais? Pelo olhar Benjaminiano, o professor de História deve arrancar seu objeto do continuum do tempo para construí-lo a serviço da própria atualidade, roubando a tradição das mãos do conformismo. Utilizando sua vivência, que é algo pelo qual simplesmente passou, atravessou ou algo que aconteceu, ela não é nada se não puder ser transformada em alguma narrativa compartilhavel e transmissível ao grupo ao qual pertencemos. É a transmissão, é o compartilhar, que transforma a vivência em experiência. Os bens culturais ora podem ser vistos como a história dos vencedores, como imagem do triunfo da classe dominante, como instrumento de barbárie e de derrota dos vencidos. O trabalho foi realizado tendo em vista a hipótese levantada de que o agora ilumina o ontem silenciado pela História e esta iluminação faz com que o indivíduo se veja como parte do Patrimônio. Para isto seria talvez necessário um Ensino de História com linguagem e leitura aberta e amorosa, que possibilitasse ou não a visualização das sensibilidades perante a miscigenação. Esta é em meu entender a derrota do preconceito e a verdadeira voz dos silenciados. Este pensamento foi sendo tecido diante dos dizeres de Walter Benjamin e evidencia a necessidade de retirar da sombra do esquecimento tudo o que poderia fazer de nossa História outra História. No trabalho realizado, é de relevância registrar que o recorte é o estudo da percepção de como os professores de história ensinam sobre o patrimônio cultural aos alunos do ensino fundamental II com base teórica nos conhecimentos de Walter Benjamin (1987,1992,1993,1994,1995,2006). Realizamos inicialmente uma pesquisa bibliográfica e uma revisão da literatura sobre o tema a ser pesquisado que deram suporte à pesquisa. O caminho que percorremos foi longo; após o trabalho das leituras, realizamos uma listagem dos professores de História do fundamental II da cidade escolhida; logo após, entramos em contato com os mesmos e a maioria teve uma resposta pronta,afirmando que não trabalhava com Educação Patrimonial. Neste campo apenas cinco deram a oportunidade de conhecer o trabalho dentro de sala de aula para que investigássemos como realizavam o ensino sobre o Patrimônio. Prosseguimos com a pesquisa, visando contribuir para a compreensão do trabalho em sala de aula do Ensino de História sobre a Educação Patrimonial. Na perspectiva de obter subsídios sobre o ensino de História com ênfase na Educação Patrimonial, partimos para pesquisar algumas percepções dos alunos sobre a História e as práticas pedagógicas desenvolvidas nas aulas de História. A pesquisa de campo foi realizada com cinco professores, os quais acompanhamos em sala de aula por dois anos, com uma carga horária de duas aulas de 50 minutos por semana. O trabalho pensa, sente, reflete e discursa sobre o que os professores fazem e sobre o que querem realizar no Ensino de História, as barreiras, os desejos e os sonhos, a essência do profissional em construção. O objetivo deste trabalho foi contribuir para que seja repensado o processo de formação do professor de História. A Educação Patrimonial possa sair das palavras expressas no papel para dar cor à realidade cultural, sua importância na identidade do individuo em formação no caso o aluno. E desta maneira possa contribuir para formar indivíduos felizes, como diz Walter Benjamin ser feliz significa poder tomar consciência de si mesmo sem susto.

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